25 setembro 2006

MUDEI

Por uma melhor mobilidade e por uma maior facilidade na hora de postar, corri e fiz um blog no ZIP:

http://anselmovieira.zip.net/

Ou seja, chegando aqui, corre pra lá... valeu!

FARENHEIT 451


Um pesadelo futurista. Essa expressão poderia definir bem a obra de Ray Bradbury, escrita em 1945 e levada aos cinemas britanicos em 1966 pelo diretor francês François Truffaut. A história se passa em um futuro onde o trabalho do corpo de bombeiros é queimar (exatamente, queimar) todo e qualquer livro que encontrem pela frente.

Os livros são caçados em buscas minuciosas nas residências e, quando encontrados, são empilhado e incinerados. Os possuidores de livros são detidos e não podem fazer nada contra essa piromania exarcebada.

Uma das primeiras cenas do filme, mostra uma dessas buscas. Livros são encontrados em lustras, aparelhos de tv ôcos, gavetas com fundos falsos. Quando são empilhados para queimar, um garotinho que está entre os curioso, apanha um exemplar e começa a folhear, deixando claro que não faz idéia do que seja aquilo.

Talvez seja um pouco impossível imaginar um mundo onde não haja livros nem leitura. Mas talvez esta seja apenas a metáfora não muito irreal de um suposto controle dos governantes sobre aquilo que chega ao povo. Pode ser que não seja possível queimar todos os livros existentes, mas este controle da informação pode ser uma realidade bem mais próxima do que se possa imaginar. Aqui mesmo no Brasil, quando a ditadura militar ainda existia, a informação, as artes e a cultura sofriam esta "pirofagia", sendo mutilada, apagada e, em não raros casos, destruída.

Como no poderia deixar de ser, um movimento de rebeldes é mostrado no filme como a frente de resistência contra esta destruição da memória escrita da humanidade. Escondidos em florestas e em guetos anônimos, cada membro desta sociedade secreta tem a função de guardar na memória um livro completo, decorado palavra por palavra. São verdadeiros livros vivos, uma espécie de revanche contra a queima dos exemplares físicos, uma vez que não há uma forma de se apagar a memória do indivíduo.

Uma das cenas mais marcantes é a que mostra um senhor no leito de morte, transferindo apra uma criança o livro que tme na memória. O menino decora palavra por palavra que é dita pelo ancião, deixando uma mensagem, como quem afirma que apesar de tudo, ainda há esperança.

22 agosto 2006

Uma lei importante que a imprensa mal noticiou
Por Ligia Martins de Almeida em 15/8/2006

"O presidente Luiz lnácio Lula da Silva sancionou ontem, no Palácio do Planalto, a Lei da Violência Doméstica e Familiar, que aumenta de um para até três anos a pena máxima de detenção. Agora, marido que bater na mulher poderá ser preso em flagrante e perder o direito de ver os filhos ou entrar em casa. O pagamento de multa ou cesta básica não livra mais da prisão o condenado." (O Estado de S. Paulo, 8 de agosto de 2006)
Se as leitoras interessadas nos seus direitos quiserem saber mais sobre a nova lei, vão ter que esperar que algum homem rico ou famoso vá preso por ter agredido a mulher. A impressão que se tem é que só quando os famosos ou poderosos cometem uma infração, a imprensa acorda para um de seus deveres fundamentais: informar os leitores. Principalmente se o assunto diz respeito a mulheres.
Até lá, a imprensa vai se manter nos limites do simples registro, agindo como se essa história de marido bater em mulher só acontecesse na periferia, entre os mais pobres e menos informados – as classes C e D, que não são exatamente o público alvo dos jornais de grande circulação. Nem o fato de a lei ter recebido o nome – Lei Maria da Penha Maia – de uma senhora de classe média, vítima do marido, também de classe média e com curso superior, fez com que a imprensa se dignasse a fazer uma cobertura mais ampla do fato.
Não se trata de abrir espaço ao presidente-candidato que, em plena campanha, aproveita todos os fatos para ganhar votos. Aliás, do ponto de vista do presidente, a cobertura deve ter sido considerada perfeita, já que sua fala – "A violência doméstica foi julgada durante anos pelas mesmas instâncias que arbitram um simples bate-boca entre vizinhos. O respeito ao direito, nas relações entre homem e mulher, é tão importante para a vida social quanto o fortalecimento das instituições políticas" – recebeu o mesmo grande destaque dado a tudo que ele diz.
Pautas especiais
Nem se trata de ignorar o fato de que a lei foi sancionada num dia em que os jornais, de novo, estavam com seu espaço tomado por mais um ataque do PCC em São Paulo. Seria até ingênuo esperar que os jornais tivessem repórteres disponíveis para sair atrás de mulheres espancadas ou maridos condenados a pagar uma cesta básica e mostrar arrependimento. Diante da violência generalizada, que assusta maridos, mulheres e filhos, nem razoável que as brigas domésticas merecessem mais atenção da mídia.
O que chama atenção é que a imprensa perdeu até o saudável hábito de fazer suítes das matérias. Poderia, por exemplo, ter ido atrás das mulheres espancadas e seus maridos condenados para fazer uma matéria no dia seguinte. Seria interessante saber – e os registros estão nas Delegacias da Mulher espalhadas pelo país – quantos desses casais continuam juntos. Seria interessante também descobrir quais mulheres têm coragem de denunciar os maridos (ou companheiros) que as agridem e, quando não prestam queixa, qual a justificativa. Mais interessante ainda seria saber se as mulheres vão se sentir mais seguras e se os maridos se sentirão intimidados sabendo que bater na mulher pode resultar em prisão.
Quem sabe as novelas – tão preocupadas em retratar o mundo real – façam o papel que deveria ser da imprensa: o de buscar os depoimentos das vítimas e agressores e, ao colocá-los no ar, promover um debate tão acalorado como o que se criou depois do famoso depoimento da senhora do orgasmo.
A esperança é que a ministra Ellen Grace, presidente do Supremo Tribunal Federal, cumpra o que prometeu no dia da promulgação da nova lei: "O Poder Judiciário, através do Conselho Nacional de Justiça, deverá recomendar a todos os Judiciários estaduais a criação de juizados especiais que cuidem da violência doméstica". É de esperar que isso aconteça rapidamente e que o assunto ganhe na imprensa – jornais, emissoras de rádio e televisão – o destaque que merece. Afinal, é um tema que pode ser discutido por psicólogos (por que o homem bate e por que a mulher consente?), sociólogos (50% dos casos de violência doméstica têm origem no consumo de álcool) e, é claro, advogados, que podem explicar todos os recursos que os maridos, presos em flagrante, podem usar para se livrar da prisão.

Extraído de "Observatório da imprensa" (http://observatorio.ultimosegundo.ig.com.br/artigos.asp?cod=394CID001 )

Engraçado... acabo de fechar o Cabrália Bom Dia (estou substituindo meu colega Fabyano) e o tema central do prografa foi justamente a nova lei. me surpreende o fato de que a grande imprensa não tenha dado ao assunto o destaque que essa notícia merecia... supreendente, para nao dizer outras misérias...

20 agosto 2006

Saudade & Saudosismo I

Abri este blog com a intenção de que ele faça parte da disciplina "Comunicação e Tecnologia" no meu curso de Comunicação da UESB. Aproveitei alguns postas antigos e este novo já vai contar com um pouco mais de interatividade, pois tem um link para uma música.

Sertão de Jequié - Dalva de Oliveira

(refrão)
Deixei meu ranchinho pobre
No sertão de Jequié
Vim pro Rio de Janeiro
Só pra ver como é que é
Vim pro Rio de Janeiro
Só pra ver como é que é
Deixei meu ranchinho pobre
No sertão de Jequié

Ai meu Deus, quanta saudade
Do meu bom "caboco"
Que beijava a minha boca
E me dava cafuné
Agora que eu já vi como é que é
Quero voltar bem depressa
Pro sertão de Jequié


(repete refrão 2x)

Passeei pela cidade
Vi morenas bem bonitas
Vi cinema e muita fita
Fui no Corcovado, então
Mas nada é mais bonito
Que as "muié" e a lua
Que "alumia" meu sertão de jequié
Meu sertão de Jequié...

(Baixe aqui esta música: http://www.megaupload.com/?d=T3XZ926S )

14 fevereiro 2006

Biquini Cavadão

Vocês acham que eu iria perder a oportunidade de falar sobre o melhor show que eu já fui na vida?

No último sábado a ansiedade era enorme. A minha banda nacional predileta ia tocar novamente aqui em Vitória da Conquista. Eu já tinha comprado meu ingresso antecipado para nao ter problemas de última hora. Cheguei cedo, fiquei lá na boca do palco. Quer dizer, entre a grade que continha o público e o palco... antes do show, ainda consegui falar umas duas palavras com Bruno, o vocalista, na porta do camarim, onde entrei com meu querido Alex que havia comprado os CDs do cantor Alex Góes, que abriu o show. Mas acho que eu não cheguei a pronunciar nenhuma palavra, tamanha era a emoção de estar olhando para um dos ícones de minha vida inteira, ao vivo, cara-a-cara...

O show começou e lá fui eu de volta para a boca do palco... a cada acorde, a cada batida, a cada grito, a emoção me subia dos pés a cabeça. Eles estavam ali, tocando músicas que eu conhecia como a palma da mão desde a época em que eu ainda assistia o programa da Xuxa na Rede Manchete. Era sim a realização de um sonho, que já havia sido alimentado com a primeira vinda da banda a Conquista em 2003 e com a volta em 2004 no Festival de Inverno. Mas eu não havia conseguito estar tão perto do palco como naquele dia...

Mas as minhas emõções não parariam por aí. Quando eles tocavam "No Mundo da Lua" (música tão preferida por mim que tenho até hoje o disco remix de "Tédio" que tem "No mundo da lua" do outro lado) eu praticamente me entreguei. Esta foi sempre uma das minhas prediletas. De repente, vi um cara pulando a grade e ficando do lado de dentro, perto do palco e começou a me puxar. Eu de imediato pensei que fosse algum invasor e que não queria cometer o "crime" sozinho, ainda mais quando o segurança começou a me segurar. Mas eu estava enganado e só em dei conta da coisa quando outro cara me abordou é disse que nao me preocupasse que eles eram da produção e me arrastou pelo meio do povo e quando me dei conta eu estava subindo as escadas pelos fundos do palco... foram os átimso de segundos mais longos da minha história. ?Eu não podia acreditar que aquilo estava realmente acontecendo! Mas estava...

Ainda dos fundos do palco, pude avistar Bruno lá na frente, ilumiado pelos refletores, vi Álvaro de relance e passei pertinho de Miguel, do Coelho, cara... eu creio que vou morrer um ancião e não vou poder descrever a emoção daqueles segundos... quando Bruno me viu, ele pareceu eufórico: em entregou o microfone e eu jogando a timidez que me é característica no lixo cantei com o coração praquele povo todo ali embaixo. Sei que foram não mais que alguns segundos, mas pareceram uma eternidado. Bruno me levou ate perto da bateria (caraaaaaaca eu vi o Alvaro de pertinho!!) e me mostrou três garrafas d'água e me pediu pra pegar umae jogar na galera... foi o máximo, todo mundo gritou lá embaixo! Quando me virei, a surpresa: Bruno derramou uma garrafa inteira na minha cabeça! Não sei se a ordem dos acontecimentos foi bem esta, mas por favor não em cobrem isso. A emoção deve ter misturado minha memória. A minha "participação" terminou com um cumprimento e um abraço. Desci do palco voando. Sei que voei.

Lá embaixo meus amigos estavam alucinados e eu simplesmente não conseguia falar nada... não consegui... voltei do palco com mais energia do que antes (até agora sinto dores nos músculos) e ainda cantei muito e pulei bsttante o restinho do show. Eu não conseguia acreditar no que havia acontecido... como ainda não consigo.

Depois do show, tentei uma brechinha para falar com a banda, mas os seguranças estavam irredutíveis. Não permitiram meu acesso nem com uma amiga que trabahalha na TV que organizou o show (valeu Daniela - "Dane-se" - minha "esposa") . Mas nem mesmo essa imensa frustração foi suficiente para poder apagar o brilho daquela noite para mim. Fui para casa andando em nuvens. Demorei para dormir, com um sorriso que não se desfazia nem por decreto. O coração saltava de alegria. Mas o melhor de tudo foi acordar no dia seguinte e perceber que não havia sido sonho...

Que presente... valeu Biquini... valeu Bruno!


Queria agradecer a Alex pela paciência naquele dia e por ter me proporcionado mais uma vez uma coisa que eu JAMAIS vou esquecer....

10 fevereiro 2006

Cidade Fantasma

Há muito eu não me conformo com o poder que Vitória da conquista, a minha cidade natal, tem de se consumir num processo de auto-destruição incontrolável. Uma simples passada pelas ruas das cidade já revelam isto com a quase total ausência de construções mais antigas. Fora uma ou outra casa, sobrado ou casarão, não há mais quase nada que denuncie que a cidade tem uma história.

Quando eu estava na quarta série do que na época chamavam de "primário", a minha professora disse uma frase que, com o tempo eu pude comporvar na prática: "Conquista não cresce, ela
incha". E quem não percebe isso? A cidade não expande, não se desenvolve, ela se acumula no meio, se destruindo se cosnumindo e tentando empilhar o "novo" por cima do "velho". Não sei se sou sonhador ou saudosista demasiado, mas é o que sinto quando passo pelas ruas onde vivi a infância e até mesmo a casa onde nasci não existe mais. Clinicas e lojas tomam o lugar dos antigos casarões que povoam minhas mais antigas lembranças.

Par completar o quadro do descaso, hoje fiquei sabendo que pelos cartórios de Vitória da Conquista, documentos da épcoa da escravatura são jogados sem o mínimo cuidado ao alcance de qualquer pessoa... e ninguém sequer se rpeocupa com isso, afinal de contas "esta papelada velha tem que ser queimada"...

A cidade que não tem ciumes de sua hstória pra mim é uma cidade morta...

09 fevereiro 2006

Ninguém Vai Ler Mesmo...

Pelo relativo sucesso que não fiz com o meu post anterior, aqui vou eu novamente hoje...

Stigmata

Tenho uma leve suspeita de que escolhi este modelo de blog pelo simples fato de que me lembra "Perdidos no Espaço" e sua clássica abertura, com bolinhas saltitando pela tela em múltiplas cores. Esse meu antigo desejo de me enfiar numa astronave e me picar da terra... me impressiona. Lembro-me de querer estar a bordo da Enterprise ou de ser amigo de Buck Rogers. Ou então simplesmente entrar no "Túnel do Tempo" e consertar a história, lá pelos tempos da inquisição, ou da Revolução Francesa ou mesmo quando o maldito asteróide dizimou os dinossauros... ah se aqueles bichos tivessem tido a oportunidade de trilhar a linha evolutiva como fizeram os primatas... talvez o planeta fosse uma filial do seriado "Família Dinossauro" que, apesar de não terem sido contemporâneos dos Flintstons, tinham Natal antes mesmo de Cristo nascer...

Agora vão me desculpar, mas preciso ir. O meu viznho, o Bart Simpson, tá me chamando e se eu não atendo é bem capaz dele quebrar os meu óculos... novamente.
Minha primeira contribuição com este blog vai ser curta e grossa:

Qual é?